Oficina de Serigrafia Galeria de Gravura x UDESC Detalhamento de Ação de Extensão Vinculado ao Programa: O Sentido do Olhar – Os usos Sociais do Desenho Coordenado pelo professor Dr. Douglas Ladik Antunes. UDESC/CEART/DDE Projeto, ação de Extensão (5): O Ato dialógico de criar, contar e fazer histórias, sobre ou sem suportes físicos. Idealizador do projeto – Aires da Fé e Wilton Pedroso Fotografias – Marcela Sielski Documentário – José Tezza e Wilton Pedroso Tela de serigrafia da logo do projeto. Bruno Projeto Albatroz Criação do Cartaz Criação da Âncora / Abatroz Objetivos Promover a faculdade de expressão através das linguagens: oral, gestual e imagética, exercitando à fruição verbal e corporal, com ou sem suportes físicos. Trabalhar as práticas em grupos de artistas e projetistas locais (Grande Florianópolis). Fomentar a capacidade imaginativa para criar imagens e usar a fantasia. Brincar de redescobrir antigos valores, dado a importância para humanizar o mundo de nossos dias. Desdobramento da ação O Panorama da ação estendeu-se mais no âmbito da escuta, do que na fala. Para tanto, vale a pena pesar acerca das rapsódias; precisamente das histórias que remontam um contexto, que se oportuniza sobre a possibilidade do coexistir dentro de certos limites, e aberturas. Abre-se em oportunidade de recuperar certas formas, lugares e paisagens. Associou-se a ideia de recuperar artefatos, em perceber os movimentos e desejos capazes de mobilizar e atrair. Nesta esteira, trilhou-se um desejo, que possa compor uma história, e ao mesmo tempo provocar outras. A necessidade partiu de um desejo comum, ao menos por parte dos integrantes da linha de pesquisa e extensão: Arte e vida nos limites da representação, organizada pelo saudoso professor José Luis Kinceler, tendo como participantes invariavelmente membros deste programa, como os professores Douglas LadiK Antunes e João Calligaris Neto e o técnico Aires Antonio de Souza Visando resgatar a cultura da construção da Baleiras, o manuseio de artefatos e o modus operandi por quais vivenciaram os pescadores da ilha e seus membros; e que se encontra em extinção. A partir daí a ação deparou com um desejo latente acerca de conversas e intenções quanto ao fato de recriarmos um elo com a cultura açoriana, principalmente os atrelados a cultura da pesca, através de seu maior bem: a embarcação. Surge a ideia do projeto ALBATROZ, no sentido de estabelecer uma ponte; na perspectiva de fomentar o domínio do processo na construção da embarcação, e principalmente num estágio adiante comover a comunidade para o resgate da pesca artesanal com a possibilidade de instaurar um elo com os moradores e o desejo de contaminar através das práticas manufatureiras, um possível aprendizado e gosto pela técnica e material junto ao processo artesanal e da alquimia da arte em madeira. Neste momento, o convívio criativo pautou-se pela absorção do projeto, através de um diagnóstico e prospecção do mestre da arte em madeira seu Aires, contundente e revisionista de recuperar um ela da tradição na forma material e imaterial de um patrimônio da cultura. Pautou-se no saber, compreender e perceber, o entorno a sua volta; as pessoas a margem, habitantes em áreas de vulnerabilidades permanentes, principalmente as crianças em zonas de conflitos, e sem perspectivas reais. Criar perspectiva, o de oferecer um convívio, e partir do desdobramento e edificação complementar dessa ação que praticamente inicia-se, vislumbrar adentrar no campo de ação, o de promover um possível aprendizado, ativação de conhecimentos amparados por ações conjuntas a esta ação de fazer através da arte relacional e radiacante, a infiltrar-se sob a forma de gerar empatia e autoestima aos futuros assistidos. Mais do que a utopia de recriar um possível “cenário perdido”, ou melhor, abandonado pelas novas gerações sem perspectivas; é fazer revelar-se nas hábeis mãos do mestre carpinteiro; que além de um resgate, a prospectiva segue no intuito de profissionalizar o pescado artesanal e incentivar a construção do seu “próprio barco”, de sua rede pesqueira, de sua tarrafa e espinhel; junto à comunidade do Monte Cristo. Ação no seu 1º estágio pós o desejo descortinado, enveredou por tratar em primeiro plano a identidade visual para tornar visível e facilitar a visibilidade do projeto Albatroz, e sua futura adesão junto à comunidade e apoiadores futuros. Neste enlevo estruturou-se uma oficina na linha contemporânea de vivências criativas, por entre grupos distintos, e com competências diversas, organizara-se uma vivência imersiva na forma de por em prática o desejo compartilhado com o grupo de inscritos (partilhadas sob um mesmo mote). Deu-se a Oficina experimental de serigrafia aplicada, realizada na Galeria de Gravura no bairro da Agronômica em Florianópolis. Possibilitou reunir 43 pessoas no entorno, oferecido pelo programa: Usos sociais do desenho, e no interior de um espaço artístico contemporâneo. O necessário agenciamento das intersubjetividade, compartilhado o desejo, ou melhor, o de promovermos partindo da possibilidade em estimular, apresentar, avaliar as soluções de Design “co-criadas”, na forma de produzirmos uma assinatura uma identidade para o projeto, batizado de Albatroz (ave que guia as embarcações e seus tripulantes para terra firme), e que no “jogo” de agenciamentos criativos, vivenciados numa arte-final coletiva; feita a partir de inúmeras mãos e olhares; potencializando o processo de criação colaborativa ao clímax de depreender neste processo uma criação literalmente radical, na composição de uma peça na forma de cartaz que pode ativar todo o seu manancial poder simbólico. Uma mídia externa (social) portentosa; um cartaz, o pôster; fora produzida através de um processo permeográfico conhecido como serigrafia, com papel e tinta a base d’água; sustentável para melhor servir ao propósito de divulgação do desejo. E que servirá de emblema, partido visual de lançamento. Desta a plataforma num sentido ritualístico e na valorização de gestos e atitudes de valores simbólicos, projeta-se, articula-se no plano de um engajamento social a valorização de um “todo social” e que para tanto se extrapolou numa vivência extraordinária; múltipla dos sentidos, diversas mãos “teceram” a urdidura da criação. Da oficina a partir de um começo de relatos, prévias e pessoais, para acordarmos agenciamentos possíveis; encaminhou-se na pratica de negociação criativa (fabricação das artes), processo gravação ( telas de serigrafia) e aplicação em suporte físico de papel (aplicação, reprodução). Através de conhecimentos partilhados lançou-se mão da originalidade e sustentabilidade com a sacada de gravarmos uma matriz a partir da própria rede, que figurou como padrão de fundo do cartaz. Afora pequenos exercícios decupados, por grupos de atores ou autor diferente, como: lettertype (desenvolvimento de font-display), desenhos entremeado com falas a cerca dos cânones da boa imagem para se encontrar a apuro na arte do traço, e se fazer configurar numa tipológica embarcação e, por fim o toque especial na hibridização, combinação de elementos que culminara na representação da ancora-albatroz (fenomênica, ala as bruxas de Cascaes), somado ao bálsamo que religa o contexto, no aroma exalado vias as porções de iscas de peixes oferecidas. Considerações e desejos futuros Os Processos foram orientados de forma a possibilidade de viabilização junto à realidade. Sendo o mesmo, o projeto, no seu momento de criação, estar amparado por uma identidade (construída de forma coletiva); numa simultaneidade, onde várias ações concomitantes entre descontinuidades e trocas explodidas no universo da ação. Assim, como suporte e respaldo, o mesmo, está orientado visando o engajamento social. Para tanto, em sua fase de problematização e aplicação dar-se-ia no momento em que se vê ativar no espaço de trânsito entre a universidade, a esfera de profissionais multidisciplinares e o mercado da arte; pauta necessária para progredir e gerar engajamento simultâneo. Espectros necessários a consolidação do que possa vira a ser um regime de economia criativa; via os fatores de ordem humana, cultural, social, e econômica. Ativando a expectativa em angariar recursos necessários via a prospecção de apoiadores financeiros através plataformas digitais. Para, que o faça enveredar numa possibilidade de existência e impacto consubstancial; ou seja, o de vir a ser realizado; ou melhor, aplicado no mundo real. Elevou-se a qualificação técnica e prática de atores sociais diferentes a partir de um contexto de arte, no espaço da Galeria e Editora de Gravura, local de oficinas, tendo como responsável, o editor Wilton Renato Pedroso. O fato de reunirmos indivíduos diferentes em práticas dialógicas convergentes, instaurando pontos comuns, propiciou-nos uma condição de agenciamento cultural e social expandido, dado ao fato de sacralizar o encontro através de pequenos movimentos aparentemente desconexos; coma a música, a mágica e a degustação. Inseridos ao largo do processo, permitindo-nos exaltar e sacralizar o encontro. O intuito de promover neste processo de alteridade criativa radical, o aprimoramento das relações humanas e valorização do coletivo; o de estabelecer por vezes difíceis de gerir, o que requer dos participantes deste processo a consolidação dos saberes. Acionarmos a capacidade de negociar, estabelecer diálogos, estar aberto a não apenas respeitar as diferenças, mas principalmente, deixar-se contaminar, fluir durante o espaço da experiência. Escutar, pensar, falar, se posicionar e materializar a proposta no espaço da coletividade. Além de instaurar um convívio entre atores da ação, continuar, a partir do germe, trilhar a esteira de oferecer-se como viabilidade, proposta ou instância promotora de cidadania, na potencia em gerar “vida” e recuperar a rede social que uma vez descontinuada, ativar positivamente uma demanda desassistida por vezes reprimida no fazer artístico inclusivo e participativo. Recuperando como em uma rede de agenciamentos explodidos; nas relações onde o homem se faz fazendo o mundo, e se constitui como sujeito se fazendo na linguagem, na coletividade. (Walter Benjamin) Mesa de luz para serigrafia PÔSTER FINAL DO PROJETO ALBATROZ Wilton Pedroso com cartaz do Projeto Albatroz