Revista Casa e Decoração – Galeria de Gravura – Léon Ferrari – Barsotti – Sued Revista Caras Decoração com gravuras Galeria de Gravura. Da esquerda para direita Léon Ferrari, ´Hércules Barsotti e Eduardo Sued. Léon Ferrari http://www.gravura.art.br/artistas/leon-ferrari.html Pintor, gravador, escultor, artista multimídia. Inicia seu trabalho como escultor na Itália, onde reside por três anos. Em 1955, realiza individual na Galeria Cariola, em Milão. Em 1960, começa a fazer esculturas de arame e aço inoxidável e, dois anos depois, produz desenhos caligráficos e colagens. Em 1965, engaja-se no movimento cultural e político do Instituto di Tella de Buenos Aires, e abandona a produção abstrata. Entre 1968 e 1969, participa dos eventos Tucuman Arde e Malvenido Rockefeller, em Buenos Aires. Muda-se para São Paulo, em 1976, e retoma a produção de escultura de metal. Em 1977, passa a fazer esculturas sonoras em barras metálicas e interessa-se por novos meios expressivos, incentivado pela convivência com Regina Silveira (1939) e Julio Plaza (1938 – 2003). Realiza obras em videotexto, microfichas, arte postal, cria livros de artista e trabalha com litografia. Recebe prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte – APCA de melhor exposição do ano, em 1983. No ano seguinte volta a residir em Buenos Aires. Passa a utilizar também o meio digital em suas proposições, como em Electronicartes, 2002/2003. Em paralelo às atividades em artes visuais, publica livros como Nosotros No Sabíamos, em 1976; Cuadro Escrito, em 1984; Exégesis, em 1993, e La Bondadosa Crueldad, em 2000. Nesse ano, recebe o Prêmio Costantini. Eduardo Sued http://www.gravura.art.br/artistas/eduardo-sued-1647.html Ronaldo Brito, BIENAL INTERNACIONAL DE SÃO PAULO1/1/1981 “Pintar, como nota Merleau-Ponty, será sempre e em última instância repor a questão do sentido, estar no mundo. Investigar o corpo em suas articulações primeiras, antes de tornar-se instrumento de uma vontade. Revisitá-lo não mais como suporte do sujeito, mas como sua condição. E aí, inevitavelmente, o olhar deixa de ser o inequívoco ponto de vista do sujeito frente ao objeto para aparecer como movimento incessante, indefinido, onde se encontram e se perdem sujeito e objeto.O pintor é alguém que escolheu existir no meio desse turbilhão. Alguém que joga o próprio corpo na tarefa de ´olhar o verdadeiro olhar´ – o que pôs o mundo e nos põe nele. A prática de pintura de Sued está imersa nesse questionamento fenomenológico. Não será jamais o caso de fazer um objeto, colocar uma coisa-tela na real para representá-lo ou interpretá-lo. Não há nada anterior à tela mas tampouco esta tem o poder de divulgar uma Idéia do Mundo. O que há é um processo, um lugar-problema – campo pulsante que, em meio aos objetos, parece ultrapassá-los, atravessá-los e, frente ao sujeito, possui a força de enfrentá-lo e negá-lo enquanto pura idealidade”. BRITO, Ronaldo. Eduardo Sued. In: BIENAL INTERNACIONAL DE SÃO PAULO, 16.,1981, São Paulo, SP. Catálogo geral. Introdução Walter Zanini. São Paulo: Fundação Bienal de São Paulo, 1981. p. 34. http://www.gravura.art.br/artistas/eduardo-sued-1647.html Hércules Barsotti http://www.gravura.art.br/artistas/barsotti-hercules.html Pintor, desenhista, programador visual, gravador. Inicia formação artística em 1926, sob orientação do pintor Enrico Vio (1874-1960), com quem estuda desenho e composição. Em 1937, forma-se em química industrial pelo Instituto Mackenzie. Começa a pintar em 1940 e, na década seguinte, realiza as primeiras pinturas concretas, além de trabalhar como desenhista têxtil e projetar figurino para o teatro. Em 1954, com Willys de Castro (1926-1988), funda o Estúdio de Projetos Gráficos, elabora ilustrações para várias revistas e desenvolve estampas de tecidos produzidos em sua tecelagem. Viaja a estudo para a Europa em 1958, onde conhece Max Bill (1908-1994), então um dos principais teóricos da arte concreta. Na década de 1960, convidado por Ferreira Gullar (1930), integra-se ao Grupo Neoconcreto do Rio de Janeiro e participa das exposições de arte do grupo realizadas no Ministério da Educação e Cultura (MEC), no Rio de Janeiro, e no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP). Em 1960, expõe na mostra Konkrete Kunst [Arte Concreta], organizada por Max Bill, em Zurique. Hercules Barsotti explora a cor, as possibilidades dinâmicas da forma e utiliza formatos de quadros pouco usuais, como losangos, hexágonos, pentágonos e circunferências. Em sua obra a disposição dos campos de cor cria a ilusão de tridimensionalidade. Entre 1963 e 1965, colabora na fundação e participa do Grupo Novas Tendências, em São Paulo. Em 2004, o MAM/SP organiza uma retrospectiva do artista. http://www.gravura.art.br/artistas/barsotti-hercules.html