Mariza Dias Costa (Guatemala, 16 de outubro de 1952 – São Paulo, 29 de março de 2019). Guatemala ou Rio de Janeiro? Filha do diplomata Mário Dias Costa, a ilustradora carioca-universal Mariza viveu em países como Suíça, Peru, Itália, Paraguai, França e Iraque.

Fonte: Lady’s Comics

Autodidata, em uma de suas passagens pelo Rio antes de sua volta definitiva ao Brasil, passou a colaborar com o jornal Opinião e com o Pasquim, onde iniciou sua grande parceria no jornalismo com Paulo Francis. Mariza acompanhou a ida de Paulo para a Folha, na coluna Diário da Corte, em 1978 e lá ficaria até 1990. Em 1999, voltou à Folha para ilustrar a coluna de quinta-feira do psicanalista Contardo Calligaris (1948-2021).

Obra Coluna Paulo Francis – Galeria de Gravura

Desenho original – Galeria de Gravura

Desenho original – Galeria de Gravura

Mariza ainda produziu ilustrações para livros e revistas e é vista como um divisor de águas dentro da ilustração dos jornais brasileiros. Como matéria prima, usava o que chamava de Marizatone, pedaços de cópias borradas e cheias de texturas encontradas dentro das lixeiras da redação. Em 2013 foi lançado o livro “E depois a maluca sou eu”, iniciativa do amigo e também ilustrador Orlando Pedroso, que reuniu os trabalhos da ilustradora.

Ilustrações de Mariza

Fonte: Guia dos Quadrinhos

Fonte: Guia dos Quadrinhos

Fonte: Guia dos Quadrinhos

Mariza nos deixou em 2019, mas a sua alma inquieta e seus traços irônicos, ácidos e contundentes continuam a inspirar as novas gerações de ilustradores. Captar e traduzir para o desenho as angústias e anseios de um tempo/espaço não é uma tarefa fácil, fazer isso com maestria então é para poucos e Mariza, sem sombra de dúvidas, foi um grande exemplo que tivemos a oportunidade de conhecer.