A poesia urbana expressa através da técnica gráfica urbana do lambe-lambe é uma forma de arte que floresceu nas cidades, capturando a essência vibrante e multifacetada do ambiente urbano. O lambe-lambe, caracterizado pela aplicação de pôsteres ou cartazes em espaços públicos, é uma maneira poderosa de transmitir mensagens, reflexões e emoções.

@ventosolar.vs – Lambes Festival Lambe Floripa

Nas entranhas dos centros urbanos, onde os edifícios se elevam como testemunhas silenciosas do cotidiano frenético, a poesia encontra uma nova forma de expressão. Os lambe-lambes, com suas palavras impressas em letras grandes e cores vibrantes, são como janelas para a alma da cidade. Eles refletem a vida, as lutas, as aspirações e até mesmo os sonhos que permeiam os corações dos habitantes urbanos.

A técnica gráfica do lambe-lambe não só torna a poesia acessível a um público amplo, mas também a incorpora diretamente ao tecido da cidade. Esses cartazes poeticamente adornados não são apenas decorações passageiras; eles se tornam parte integrante da paisagem urbana, interagindo com o ambiente e os transeuntes de maneiras únicas.

Em meio ao caos das ruas movimentadas e à cacofonia dos sons urbanos, os lambe-lambes poéticos oferecem momentos de contemplação e reflexão. Eles nos convidam a desacelerar, a olhar além da superfície agitada da vida na cidade e a mergulhar nas profundezas da nossa própria humanidade.

Além disso, a natureza efêmera do lambe-lambe confere-lhe uma aura de autenticidade e espontaneidade. À medida que as intempéries do tempo e as intervenções humanas desbotam suas cores e desgastam suas palavras, os lambe-lambes assumem uma nova vida, uma nova história. Eles se tornam testemunhas silenciosas da passagem do tempo, registros tangíveis das mudanças e evoluções da cidade e de seus habitantes.

@coletivotransverso e @paulestinos – Festival Lambe Floripa

Assim, a poesia urbana expressa através da técnica gráfica do lambe-lambe transcende as fronteiras entre arte e vida, entre o efêmero e o eterno. É uma celebração da beleza efêmera do cotidiano, uma ode à resiliência e à vitalidade das cidades, e um lembrete de que, mesmo nas paisagens urbanas mais densas, a poesia ainda encontra uma maneira de florescer.